
Com a atualização da NR 1, a gestão de riscos ocupacionais ganhou uma nova camada de complexidade e importância. Não basta mais focar apenas nos riscos físicos e químicos. Agora, é crucial que as empresas olhem para a saúde mental de seus colaboradores e incluam os riscos psicossociais em seus programas de gerenciamento de riscos (PGRs).
Se você é coordenador de RH ou de SSMT, sabe que essa não é uma tarefa simples. A pergunta que não quer calar é: como começar a mapear e gerenciar algo tão subjetivo e, ao mesmo tempo, tão presente no dia a dia das equipes?
Este guia prático foi criado para te ajudar a dar os primeiros passos e garantir que sua empresa esteja em total conformidade.
De acordo com o Guia de Fatores Psicossociais do MTE (2024), riscos psicossociais são condições do ambiente e da organização do trabalho que afetam a saúde mental e o bem-estar.
Alguns exemplos comuns incluem:
O primeiro passo é identificar quais dessas dimensões existem na sua operação e em quais áreas elas se manifestam com mais força.
Ignorar esses fatores pode levar a quadros de burnout, estresse crônico, depressão e ansiedade, impactando diretamente a produtividade, o clima organizacional e a saúde geral da equipe.
A NR-1 e a NR-17 exigem participação dos trabalhadores no processo de identificação.
Combine métodos qualitativos e quantitativos:
Dica Moodar: quanto mais diversas forem as fontes de dados, mais robusto será o inventário. Utilize pelo menos duas metodologias complementares.
Outras opções:
O § 5.7.3.2 da NR-1 exige que o inventário contenha seis informações-chave.
Veja como adaptá-las aos riscos psicossociais:

Atenção: é fundamental relacionar o risco a indicadores mensuráveis: volume de atendimentos, horas extras, absenteísmo etc. Isso transforma percepção em dado objetivo.
Monte uma matriz de risco psicossocial, cruzando:
Depois de mapear, é hora de avaliar a gravidade e a probabilidade de cada risco. Classifique-os em categorias (alto, médio, baixo) para priorizar as ações. Por exemplo, um alto índice de atestados por burnout indica um risco psicossocial de alta gravidade, que exige atenção imediata.
Para aprofundar a etapa de avaliação e priorização, a matriz de avaliação de risco é uma ferramenta fundamental. Ela permite visualizar e classificar os riscos com base em dois critérios principais: a probabilidade de um evento ocorrer (quão provável é que um colaborador sofra com burnout, por exemplo) e a severidade das suas consequências (quão grave seria o impacto do burnout para o indivíduo e para a empresa). Ao cruzar esses dois eixos, a matriz gera uma pontuação ou classificação que indica quais riscos são mais críticos e exigem atenção prioritária. Para os riscos psicossociais, essa matriz ajuda a traduzir percepções subjetivas em um modelo de priorização objetivo, orientando as ações preventivas e corretivas de forma mais eficaz.

Priorize riscos 4 e 5 no Plano de Ação do PGR. Esses demandam medidas imediatas, como redistribuição de carga ou capacitação de líderes.
Com base na avaliação, crie um plano de ação concreto. As medidas podem ser de diferentes naturezas:

O trabalho não acaba na implementação. Os riscos psicossociais são dinâmicos e precisam de monitoramento contínuo. Revise seu PGR periodicamente, reavalie os riscos e ajuste as ações conforme a necessidade. A coleta de feedback e a análise de novos dados são essenciais para manter o programa relevante e eficaz.
A NR-1 determina que o inventário seja revisado a cada dois anos ou sempre que houver:
Com tecnologia, esse processo é contínuo.
Plataformas como a Moodar automatizam coletas, atualizam o inventário em tempo real e mantêm o histórico digital por 20 anos, requisito legal e diferencial de governança.
Entendemos que a teoria é uma coisa e a prática é outra. Por isso, na Moodar, oferecemos uma solução completa para ajudar sua empresa a cumprir as exigências da NR 1 e, mais importante, a cuidar genuinamente da saúde mental de seus colaboradores.
Nossa metodologia combina diagnósticos precisos para mapear riscos psicossociais, programas de treinamento e capacitação para líderes e equipes, e plataformas de suporte com acesso a profissionais de saúde mental. A Moodar vai além do cumprimento de normas; nós ajudamos a construir um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e humano.
Quer se aprofundar no assunto e entender como a Moodar pode ajudar sua empresa a incluir riscos psicossociais no PGR de forma eficaz e estratégica?
Agende um papo com um de nossos especialistas e descubra como podemos ser o seu parceiro na construção de um ambiente de trabalho mais saudável.
1. Toda empresa precisa incluir riscos psicossociais no PGR?
Sim. A NR-1 obriga que todos os riscos ocupacionais, físicos, químicos, ergonômicos e psicossociais, sejam documentados.
2. Posso usar uma pesquisa de clima simples para cumprir a norma?
Não. É necessário aplicar metodologia reconhecida (como AEP) e transformar resultados em dados do IRO.
3. Qual a periodicidade de atualização do inventário?
No mínimo a cada 2 anos ou sempre que houver mudanças no ambiente ou estrutura de trabalho.