Gerenciamento de competências: como fazer no dia a dia?

Escrito por: Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento Moodar

Saber como gerenciar competências está na vanguarda da revolução no RH e é uma parte crucial para garantir que a organização tenha as habilidades certas para atingir seus objetivos. Venha entender mais sobre isso.

Sem querer dar spoiler, mas sim… o RH é responsável pelo ativo mais importante da empresa: pessoas. Agora é o momento de potencializar esse recurso tão significativo por meio de competências que impulsionam os objetivos da organização!

O departamento de Recursos Humanos já foi por muito tempo retratado como uma entidade cinzenta e burocrática, limitando-se a uma função operacional de contratação e demissão. Essa visão estereotipada relegava o RH a uma posição secundária, deixando de reconhecer o seu potencial transformador e de estratégia na dinâmica organizacional. Contudo, à medida que o cenário empresarial evolui, torna-se evidente que o papel do RH transcendeu essas antigas percepções, emergindo como um catalisador essencial para a prosperidade das empresas.

Homem branco de paletó sentado , parede cheia de recados e um computador
Toby Flenderson era o RH “sem sal” da série The Office

O advento do movimento ágil, originado pelo Manifesto Ágil no campo do desenvolvimento de software, teve um impacto transformador nas práticas empresariais, redefinindo a maneira como as organizações abordam a inovação. Este movimento, inicialmente concebido para aumentar a eficácia em ambientes de desenvolvimento de software, rapidamente transcendeu essas fronteiras e se tornou uma filosofia abraçada por empresas de diversos setores. A ênfase na colaboração interdisciplinar, na adaptabilidade às mudanças e na entrega incremental de valor proporcionou às empresas uma capacidade ágil de inovar, acelerando o desenvolvimento de soluções mais eficientes e alinhadas às necessidades do mercado.

O setor de Recursos Humanos não ficou alheio a essa onda de transformação. Reconhecendo a necessidade de alinhar suas práticas com a agilidade empresarial, a área de RH lançou o Manifesto do RH Ágil (Inclusive, existe um site onde você pode acessar diretamente o Manifesto do RH Ágil!). Este manifesto destaca o compromisso em abraçar a flexibilidade, a colaboração e a rápida adaptação às mudanças, estabelecendo uma cultura que impulsiona a inovação e aprimora a capacidade de resposta às demandas dinâmicas do ambiente de negócios. 

Imagem de quadro falando sobre manifesto ágil do RH

A revolução nas práticas de gestão de pessoas remodelou completamente essa narrativa atrelada ao papel dos recursos humanos. A inovação do RH não é apenas uma versão atualizada do antigo, mas sim uma metamorfose que redimensiona seu papel de executor de tarefas operacionais para um arquiteto estratégico

Nos dias atuais, o paradigma sobre o RH mudou substancialmente, destacando seu papel estratégico de atuação através de múltiplas facetas. Como gerenciar competências, por exemplo, é um papel fundamental no sucesso de uma organização, pois representa a capacidade estratégica de alinhar as habilidades individuais dos colaboradores com os objetivos e metas corporativas. Ao identificar, desenvolver e otimizar as competências dos funcionários, as empresas podem assegurar que possuem a expertise necessária para enfrentar desafios específicos do setor e se adaptar a um ambiente empresarial em constante evolução. O gerenciamento de competências não apenas facilita a tomada de decisões informadas sobre recrutamento e desenvolvimento, mas também impulsiona a inovação ao criar equipes mais diversificadas e habilidosas.

Ao oferecer oportunidades de desenvolvimento e treinamento personalizado, as organizações demonstram um compromisso com o crescimento profissional de seus funcionários. Isso não apenas fortalece a lealdade dos colaboradores, mas também cria um ambiente de trabalho onde as pessoas se sentem capacitadas e valorizadas. Quer entender mais sobre isso? Então continue aqui com a gente!

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Como fazer o gerenciamento de competências no RH?

Na busca pelo reconhecimento do RH como inovador, estratégico e articulado na atualidade, embora diversos aspectos desempenhem um papel relevante, três elementos fundamentais se destacam como essenciais para sua atuação: 

(1) identificação de competências-chave, juntamente com uma avaliação sobre como estão as competências atuais e o mapeamento das principais lacunas 

(2) o investimento no desenvolvimento de competências, estruturado com sistemas de feedback e avaliação contínua e integrado com os objetivos organizacionais 

(3) e, por fim, a avaliação de resultados, o uso de tecnologia e ferramentas de apoio, bem como o incentivo de uma cultura de aprendizagem

Esses pilares não apenas refletem a capacidade do RH de se adaptar às demandas do ambiente empresarial em constante evolução, mas também evidenciam seu papel proativo na construção de uma força de trabalho resiliente e alinhada com os objetivos estratégicos da organização. Sendo assim, nada melhor do que ficar por dentro das principais mudanças práticas para a profissão no que tange esses aspectos, certo? 

(1) identificação de competências-chave, juntamente com uma avaliação sobre como estão as competências atuais e o mapeamento das principais lacunas 

No processo de identificação de competências-chave, uma abordagem colaborativa com líderes de equipe e gestores é fundamental. Promover sessões de brainstorming e reuniões estratégicas com esses stakeholders permite um entendimento mais aprofundado das competências necessárias para alcançar o sucesso em cada função. A troca de conhecimentos entre diferentes níveis hierárquicos enriquece a identificação de habilidades essenciais e alinha as expectativas em relação aos objetivos organizacionais.

Além disso, a análise do ambiente de negócios desempenha um papel crucial na antecipação das competências emergentes. Isso envolve uma compreensão profunda das tendências de mercado, avanços tecnológicos e mudanças regulatórias. A colaboração com especialistas de diversas áreas dentro e fora da organização pode proporcionar uma visão mais holística das competências que se tornarão indispensáveis no futuro, preparando a empresa para desafios iminentes.

No que diz respeito à avaliação de competências atuais, a realização de avaliações é um componente-chave. Ferramentas como avaliações de desempenho, feedback 360 graus e autoavaliações oferecem uma visão abrangente do atual panorama de habilidades na organização. Essas avaliações não apenas quantificam as competências existentes, mas também identificam áreas de melhoria, proporcionando insights valiosos para estratégias de desenvolvimento individual e organizacional.

O mapeamento de lacunas de competências é a próxima etapa crucial, envolvendo uma comparação meticulosa entre as competências necessárias e as já presentes na equipe. Identificar essas lacunas é essencial para planejar intervenções eficazes. A determinação de como preencher essas lacunas pode envolver a implementação de programas de treinamento interno, desenvolvimento de habilidades específicas ou até mesmo a consideração de contratações externas estratégicas para garantir que a equipe possua todas as competências necessárias para enfrentar os desafios presentes e futuros. Essa abordagem proativa é essencial para o sucesso a longo prazo da organização.

Existem várias tecnologias disponíveis, muitas das quais podem ser desenvolvidas internamente ou encontradas no mercado, com o propósito de aprimorar a eficiência do RH em gerenciar essas competências. Um exemplo notável é a própria plataforma da Moodar, que integra a automação de pesquisas, inteligência de busca e soluções direcionadas. Essa abordagem possibilita que o RH atue de maneira mais assertiva, rápida e prática no desenvolvimento de seu quadro de colaboradores.

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(2) o investimento no desenvolvimento de competências, estruturado com sistemas de feedback e avaliação contínua e integrado com os objetivos organizacionais 

No âmbito do desenvolvimento de competências, a implementação de programas de treinamento e desenvolvimento é um passo vital. Isso pode envolver workshops especializados, treinamentos de lideranças e iniciativas de capacitação. Ao personalizar esses programas de acordo com as necessidades específicas da equipe, a organização promove o aprimoramento das competências essenciais, fornecendo aos colaboradores as ferramentas necessárias para atingir seu potencial máximo.

Oferecer oportunidades de aprendizagem contínua é igualmente crucial. Através de programas e trilhas regulares, os funcionários têm a oportunidade de expandir constantemente suas habilidades e conhecimentos. Essas oportunidades não apenas fortalecem as competências individuais, mas também contribuem para uma cultura organizacional de aprendizado contínuo, impulsionando a inovação e a adaptação às mudanças no ambiente de trabalho.

A implementação de sistemas de feedback contínuo representa uma ferramenta poderosa no processo de desenvolvimento de competências. Estabelecer canais eficazes para feedback permite que os funcionários compreendam como estão progredindo em relação às competências desejadas. Além disso, a realização de avaliações regulares oferece uma visão mais formal e estruturada do desenvolvimento, garantindo que os planos estejam alinhados com as metas organizacionais e permitindo ajustes conforme necessário.

A integração do desenvolvimento de competências com os objetivos organizacionais é um ponto crítico. Isso significa alinhar estrategicamente os programas de treinamento e desenvolvimento com as metas globais da empresa. Certificar-se de que as competências desenvolvidas estão alinhadas com as mudanças nas necessidades da empresa garante que a organização esteja preparada para enfrentar desafios futuros. Essa sinergia entre desenvolvimento de competências e objetivos organizacionais é essencial para o crescimento sustentável e a competitividade a longo prazo. Essa abordagem proativa não apenas capacita o corpo de colaboradores a operar eficientemente em um ambiente cada vez mais atualizado, mas também convida as lideranças na implementação de práticas inovadoras que impulsionam o desenvolvimento sustentável dos colaboradores.

Além disso, o desenvolvimento contínuo de habilidades e competências não se limita apenas à esfera técnica ou operacional. Em um mundo empresarial em constante evolução, a capacidade de se adaptar a novas metodologias, tendências e demandas é igualmente vital. Através de programas de treinamento focados na adaptabilidade, inteligência emocional, trabalho em equipe e outras soft skills humanas, o RH não apenas reforça sua importância com o cuidado do time, mas também cultiva uma mentalidade organizacional flexível e receptiva ao bem-estar de todos e todas. 

(3) e, por fim, a avaliação de resultados, o uso de tecnologia e ferramentas de apoio, bem como o incentivo de uma cultura de aprendizagem

A avaliação de resultados é uma fase crítica no ciclo de gerenciamento de competências. Para mensurar efetivamente o impacto do programa, é essencial implementar métricas claras e objetivas. Analisar indicadores-chave de desempenho (KPIs) relacionados às competências-alvo proporciona uma visão quantitativa do sucesso do programa. Além disso, buscar feedback dos funcionários e líderes é fundamental para obter insights qualitativos. Através de pesquisas, entrevistas ou grupos focais, é possível identificar áreas de melhoria e fazer ajustes contínuos, garantindo a eficácia do programa a longo prazo.

A tecnologia desempenha um papel crucial no gerenciamento moderno de competências. A implementação de sistemas de gerenciamento de aprendizado (LMS) e outras ferramentas tecnológicas simplifica o processo de rastreamento e desenvolvimento de competências. Essas plataformas oferecem funcionalidades como acompanhamento de progresso, avaliações online e acesso a recursos de aprendizagem, facilitando a gestão eficiente das competências em toda a organização. A tecnologia não apenas automatiza processos, mas também fornece dados valiosos para avaliações e melhorias contínuas.

Promover uma cultura de aprendizagem contínua é um elemento-chave para o sucesso do gerenciamento de competências. Incentivar os funcionários a buscar constantemente o desenvolvimento de suas habilidades cria uma mentalidade de crescimento dentro da organização. Isso pode ser alcançado através de programas de reconhecimento, prêmios para aprendizado contínuo e a celebração do sucesso individual na busca por competências aprimoradas. Uma cultura de aprendizagem robusta não apenas fortalece as competências individuais, mas também contribui para a inovação e a resiliência organizacional diante das mudanças constantes no ambiente de negócios.

O investimento na cultura organizacional também é indissociável a um RH inovador, especialmente quando consideramos a promoção de uma cultura que valoriza o indivíduo e suas particularidades, criando um ambiente propício para a experimentação e o aprendizado contínuo. O RH desempenha um papel vital ao cultivar e fortalecer essa cultura, incentivando a criatividade e a resolução de problemas entre os colaboradores. 

O investimento na cultura organizacional é também um investimento no capital humano da empresa. Ao criar um ambiente onde os colaboradores se sintam encorajados a contribuir com suas ideias e perspectivas, o RH não apenas fortalece o senso de pertencimento, mas também promove um maior engajamento e dedicação na cultura de segurança psicológica. Uma cultura que valoriza a inovação não apenas atrai talentos que compartilham esses valores, mas também estabelece as bases para uma empresa ágil, capaz de se adaptar às demandas do mercado e permanecer na vanguarda da excelência organizacional.

O novo RH gerencia de forma articulada e estratégica o capital humano!

Para finalizar, a adoção de práticas proativas no processo de como gerenciar competências não apenas busca identificar indivíduos com habilidades e potenciais excepcionais, mas também alinha estrategicamente essas descobertas com os objetivos organizacionais a longo prazo. Um RH inovador não se limita a preencher lacunas imediatas, mas antecipa as necessidades futuras da empresa, identificando talentos que não apenas atendam às demandas atuais, mas também contribuam para o crescimento e a inovação sustentável da organização.

Além disso, a gestão de talentos de forma estratégica não termina na aquisição; ela se estende à retenção e ao desenvolvimento contínuo. O RH, ao implementar estratégias personalizadas que reconhecem e nutrem o potencial individual, não apenas mantém os talentos essenciais, mas também os capacita a prosperar em um ambiente que valoriza a inovação. Essa abordagem holística na gestão de talentos não só fortalece a resiliência organizacional diante de mudanças, mas também posiciona o RH como um facilitador ativo do progresso e do sucesso duradouro da empresa.

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