Como gerar empatia nos colaboradores em relação à maternidade?

Escrito por: Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento Moodar

Quando uma mulher embarca no processo de maternidade, tudo ao seu redor passa por transformações significativas, inclusive o ambiente de trabalho. Diante disso, é fundamental que todos cultivem uma sensibilidade maior em relação a essa experiência.

A sua empresa é rede de apoio para as mães que lá habitam?

A maternidade é uma jornada que transforma vidas, redefinindo prioridades e perspectivas. No entanto, é surpreendente como esse tema muitas vezes permanece silenciado nos corredores do ambiente de trabalho. A ausência de diálogo sobre maternidade no contexto profissional cria uma barreira que distancia os colaboradores dessa experiência crucial da vida, gerando um senso de desconexão e falta de compreensão.

A inexistência de conversas francas sobre maternidade no local de trabalho contribui para a perpetuação da ideia de que o profissionalismo e a vida pessoal são compartimentos definitivamente separados. Muitos colaboradores passam a acreditar que a maternidade é uma realidade distante, alheia ao universo corporativo. Essa percepção é agravada quando se trata de uma colega enfrentando as transformações da maternidade (e da paternidade também!).

A verdade é que a maternidade é uma mudança que vai além do círculo familiar, impactando a rotina e as responsabilidades diárias no trabalho. A ausência de diálogo cria um vácuo de compreensão, onde colegas e lideranças podem se sentir desconfortáveis ou inseguros sobre como oferecer apoio.

É crucial sensibilizar as equipes sobre a importância de abordar o tema da maternidade no ambiente de trabalho. Uma gestação, por exemplo, não é apenas um evento na vida da futura mãe, mas uma transição que requer apoio e entendimento da equipe. O acolhimento do time torna-se uma peça fundamental para que a mãe ou pai consiga navegar por essa fase com mais leveza. Abrir espaço para conversas abertas sobre maternidade não apenas humaniza o ambiente de trabalho, mas também fortalece os laços entre os membros da equipe. Essas discussões não devem ser encaradas como invasões de privacidade, mas sim como oportunidades de construir empatia e solidariedade.

No entanto, como alcançar esse objetivo? Essa indagação é de grande relevância para os profissionais de Recursos Humanos, que lidam diariamente com essas questões. Acompanhe o artigo e descubra as razões que motivam sensibilizar sua equipe em relação à maternidade!

Gestação e trabalho: vínculos e mudanças

A jornada da maternidade é uma experiência extraordinária que transcende o âmbito pessoal. Desde o momento em que a mulher anuncia sua gravidez até o período de licença maternidade e retorno às atividades, cada fase desse processo demanda sensibilidade, compreensão e um acolhimento verdadeiro no contexto profissional.

Decidir engravidar e até anunciar a gravidez é um marco emocionante, mas também um momento delicado na vida da mulher. Isso porque a maternidade muitas vezes é encarada como um divisor de águas no mercado de trabalho, associada erroneamente a um afastamento do compromisso profissional. Essa visão estigmatizada gera receios significativos para as mulheres que planejam ou vivenciam a maternidade, influenciando de maneira sutil, mas poderosa, suas escolhas e percepções no ambiente profissional. Por isso, a mulher que está passando por mudanças biopsicossociais tão significativas em relação à maternidade precisa sentir que sua jornada é reconhecida e valorizada pela organização à qual pertence.

O receio de que a decisão de se tornar mãe seja interpretada como uma diminuição do comprometimento com a carreira é uma preocupação legítima que assombra muitas mulheres. Essa percepção, por vezes inconsciente, contribui para o estigma de que a maternidade é inconciliável com o sucesso profissional. Por isso, o acolhimento durante esse tempo não apenas garante que a mãe possa dedicar-se plenamente ao cuidado do recém-nascido, mas também reforça a mensagem de que a empresa valoriza não apenas a contribuição profissional, mas também o equilíbrio saudável entre vida pessoal e carreira. Para além disso, mostra que a empresa se importa com a mulher que está ali, sua identidade e biografia, independente de suas escolhas, mas pela soma que ela proporciona ao time. Por exemplo, celebrar as conquistas pessoais, como aniversários dos filhos, cria um ambiente que vai além das realizações profissionais, reconhecendo a integralidade das vidas das mães. 

Ao criar um ambiente acolhedor, onde as nuances da maternidade são não apenas reconhecidas, mas também celebradas, as empresas não apenas retêm talentos valiosos, mas também promovem uma cultura organizacional mais inclusiva e compassiva. O acolhimento à maternidade no ambiente de trabalho é uma responsabilidade social e também uma estratégia inteligente para cultivar um ambiente profissional saudável e produtivo. É uma jornada que transcende o individual e fortalece a cultura organizacional, demonstrando que a valorização da maternidade é uma expressão tangível do respeito pela diversidade e pelo humano em sua plenitude.

O seu time deve ser visto como uma comunidade

É imperativo reconhecer que a força e o apoio do time desempenham um papel crucial no bem-estar e no sucesso da mãe, desde o anúncio da gravidez até o retorno ao trabalho. Neste contexto, cabe aos Recursos Humanos a missão de sensibilizar e orientar cada membro da equipe sobre a importância de estar ao lado da mulher nesse momento especial. São essas pessoas que vivenciam o dia a dia e, portanto, podem entender de perto as mudanças que a mãe encara na rotina.

A primeira etapa desse apoio é o entendimento de que cada colega de trabalho é uma peça fundamental no quebra-cabeça do suporte à maternidade. O papel do time não se limita a tarefas profissionais; ele se estende ao apoio emocional e à criação de um ambiente que promova a compreensão e o respeito pela singularidade da jornada da mãe. É comum, por exemplo, que as pessoas desenvolvam vínculos de amizade no trabalho, e estes podem ser usufruídos como pontes de promoção de acolhimento em momentos como a maternidade. 

O RH desempenha um papel vital na sensibilização do time para esta realidade. A implementação de programas educativos que abordem a importância da empatia, compreensão e apoio durante a maternidade é um passo fundamental. Workshops, palestras e materiais informativos podem fornecer aos colaboradores as ferramentas necessárias para entender as mudanças que a maternidade traz e como podem contribuir para tornar essa transição mais suave. 

Aqui na Moodar, por exemplo, você encontra programas específicos de acolhimento no retorno de mães e pais em processo de recesso e ações de sensibilização sobre ser mãe. 

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Além disso, é fundamental promover uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Incentivar práticas como flexibilidade de horários, licenças parentais bem estruturadas e ambientes de trabalho que respeitem as diferentes necessidades dos colaboradores é essencial. Isso não apenas fortalece a mãe, mas também cria um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Além disso, estabelecer canais abertos para discussões e compartilhamento de experiências, além de reconhecer e celebrar as conquistas pessoais, contribui para a construção de uma equipe mais coesa e solidária.

A sensibilização, nesse contexto, não é apenas uma iniciativa, mas um compromisso contínuo. Os Recursos Humanos têm o papel de garantir que o suporte à maternidade não seja apenas uma formalidade, mas sim uma parte integrante da cultura organizacional. Ao construir uma equipe que compreende e apoia a jornada da mãe, as organizações não apenas promovem o bem-estar individual, mas também fortalecem os laços que sustentam um ambiente de trabalho verdadeiramente inclusivo e acolhedor. E, claro, não podemos falar de desenvolvimento de cultura sem falar delas: as lideranças.

Lideranças como mobilizadoras da cultura organizacional

Num ambiente corporativo, as lideranças têm um papel crucial na criação de uma cultura organizacional que valoriza e apoia a maternidade. Ao liderar com empatia, os gestores podem estabelecer um tom que permeia toda a equipe. Isso começa com a modelagem de comportamentos empáticos, onde os líderes compartilham suas próprias experiências, criando um ambiente de autenticidade.

Além disso, é fundamental que as expectativas em relação ao respeito à maternidade sejam comunicadas claramente. Isso pode ser incorporado nas políticas da empresa, destacando o compromisso com a valorização da jornada das mães no ambiente de trabalho. Por exemplo, é crucial que a liderança demonstre com ênfase o seu cuidado pela mãe em licença maternidade ou pela colaboradora grávida prestes a se ausentar, pois isso gera um impacto positivo em cascata, promovendo uma mudança de perspectiva para todos que testemunham essas situações.

A flexibilidade na gestão de horários é outra prática que pode ser adotada. Ao promover uma cultura que valoriza o desempenho em vez do controle de horas trabalhadas, os líderes possibilitam que as mães conciliem suas responsabilidades profissionais e familiares de maneira mais eficaz. 

Programas de mentoria e apoio oferecem uma oportunidade valiosa para conectar mães experientes a colegas que estão prestes a embarcar na jornada da maternidade. Essa troca de experiências pode ser enriquecedora e fortalecedora para toda a equipe. A comunicação transparente sobre as políticas de licença, opções de trabalho flexíveis e outros benefícios relacionados à maternidade é essencial. A transparência reduz a incerteza e promove um ambiente de confiança.

Incentivar a formação de grupos de apoio à maternidade, como comitês de mulheres, dentro da organização proporciona um espaço para compartilhar experiências, oferecer suporte emocional e discutir desafios comuns. Isso fortalece os laços entre os membros da equipe e cria um ambiente mais solidário. E isso tudo pode ser validado pelas políticas organizacionais, garantindo que estejam alinhadas com os princípios de apoio à maternidade e ajustá-las conforme necessário demonstra um compromisso contínuo com a valorização dessa fase na vida dos colaboradores.

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Ao adotar essas práticas, as empresas não apenas criam um ambiente onde as mães se sentem apoiadas, respeitadas e valorizadas, mas também moldam uma cultura organizacional que reconhece e respeita a diversidade de experiências de seus colaboradores. Este compromisso estabelece as bases para um local de trabalho mais equitativo, humano e eficaz.

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